segunda-feira, 29 de outubro de 2012


A motivação vai além do salário.

Uma pesquisa realizada em empresas mostrou que, mais do que o salário, o que motiva os profissionais a saírem de casa todos os dias para pegar no batente é o bom ambiente de trabalho.

Por Camila Passetti

Para a maioria dos brasileiros, a grande motivação para acordar cedo e sair de casa para trabalhar é o ambiente saudável no emprego. O estudo, realizado recentemente pelo portal Trabalhando.com, revela ainda que, em geral, os profissionais preferem ser reconhecidos pelo desempenho a ter um salário alto.

Dos 390 entrevistados, 52% disseram que a convivência harmoniosa com colegas e chefes afeta tanto o lado profissional quanto o pessoal e influi na motivação; 22% acham importantes as oportunidades de promoção; 14% a possibilidade de aumento salarial; 5% o status da empresa e 7% apontaram motivos diversos.

A coach Lucila Ferraz Marques tem observado, na prática, entre os jovens profissionais, os resultados desse levantamento. ''Mais do que o salário, a forma como o jovem é reconhecido, o que ele pode mostrar aos outros, sua posição, a nomenclatura do cargo, são importantes. Até mesmo porque, com as redes sociais, a visibilidade é muito maior'', afirma.

Para Lucila, essa importância dada ao bem-estar e ao ambiente de trabalho saudável está bem de acordo com o perfil das novas gerações que, segundo ela, priorizam antes de qualquer coisa a qualidade de vida.

''Muitas vezes, os jovens não gostam nem de levar bronca e nem de qualquer chateação, o que é muito diferente do que as gerações anteriores estavam acostumadas'', diz ela.

No dia a dia, Lucila constata que o jovem quer ter prazer no trabalho, como na vida em geral. ''Ele tem outras coisas para fazer, como ir a festas, à academia, ao cinema, sair com os amigos, namorar... Por isso, prioriza ter essas outras atividades também''.

Bom ambiente, alta produtividade

''Hoje, a inter-relação dentro de uma empresa é muito importante. O chefe está muito mais próximo de sua equipe. O profissional gosta de participar, e, quando ele coopera, o ambiente de trabalho fica muito melhor. E é fato que o ambiente bacana e tranquilo faz o trabalho fluir muito mais'', afirma Lucila.

Mas ela alerta que essa liberdade não deve ser confundida com licença para relaxar nas tarefas e funções. É preciso ter bom senso e saber dividir lazer e trabalho, ressalta. Um bom exercício é aprender a usar de forma adequada as redes sociais, evitando bater papo com os amigos na hora do expediente.

O valor da experiência

O resultado da pesquisa e as suas observações fazem Lucila constatar também que os jovens precisam valorizar o aprendizado do dia a dia, além do conhecimento técnico procurado nos cursos de especialização, nos MBAs.

''Eles estão muito mais focados em informação e formação, que oferece conteúdo técnico. Mas a rotina é cheia de surpresas. E o jogo de cintura para lidar com elas só se tem quando já se experimentou certas coisas na vida. É preciso saber valorizar isso também, além do status e do salário'', ressalta.

Fonte : www.bradescouniversitarios.com.br

Caio Ribeiro - 820 

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